sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Santo de Calça Jeans - Interceda por nós !


Seminarista Carlos Vinícius de Oliveira Alves Augusto
15/12/1977
29/10/2005



São Francisco de Sales diz:

"Que são a vida dos Santos se não o Evangelho colocado em prática?"

Os Santos de Deus são aqueles heróis de JESUS CRISTO que, alcançando uma vitória sobre o demônio, o mundo e a carne, e praticando as virtudes em grau heróico, alcançaram a eterna bem-aventurança.

São modelos de vida em Cristo, e pelo seu testemunho são nossos intercessores junto a Deus.

O que fazer para participar dessa felicíssima glória na JERUSALÉM CELESTE?

Temos a Sagrada Escritura, os Mandamentos, os Sacramentos, a Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana e os exemplos dos Santos.

Nenhuma pessoa humana chegou à eterna felicidade senão pela via da Cruz, e praticando as virtudes do Divino Mestre, da humildade, da paciência, da perseverança, mansidão, castidade, e um abrasado amor à Deus e ao próximo e uma rejeição ao mal e ao pecado.

Carlos Vinícius Rogai por nós !
Guido Schaffer Rogai por nós ! 



 



28 de Outubro - São Judas Tadeu e São Simão - Intercedei pelas causas impossíveis !



São Judas, designado por Tadeu (que significa o corajoso), é um dos Doze Apóstolos escolhidos por Jesus para o acompanhar na Sua vida pública. Irmão de S. Tiago Menor, primo de Jesus, seguiu o Divino Mestre de perto e depois do dia de Pentecostes dedicou-se à pregação do Evangelho na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (hoje região do Iraque) e na Pérsia, aonde viria a morrer martirizado, juntamente com o Apóstolo São Simão, apelidado «o Zelote». Costuma ser representado com uma moca ou cacete na mão porque foi assassinado à paulada. O seu corpo foi trazido para Roma, onde é venerado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O Papa Paulo III concedeu indulgência plenária a quem visitar o seu túmulo no dia da sua festa, que a Igreja fixou no dia 28 de outubro.
Por causa da traição de Judas Iscariotes, o nome de Judas (que significa Deus seja louvado) veio a cair no opróbrio, devotando os cristãos tal horror e desprezo por aquela designação que o termo Judas passou a ser usado como equivalente de traidor, criminoso, assassino, homem desprezível ou diabólico. Narra Santa Brígida que Nosso Senhor quis reparar tal estado de coisas e fazer justiça a nome tão belo e sublimemente usado por Seu primo materno. Numa aparição àquela famosa santa sueca, Jesus, num momento difícil, disse-lhe para recorrer a São Judas Tadeu, pois ele queria ajudar os seus irmãos neste mundo. A influência das revelações de Santa Brígida estendeu-se desde a Idade Média ate os dias de hoje e é por isso que muitos cristãos passaram a recorrer a São Judas, a exemplo de Santa Brígida. Tais foram e têm sido os favores espetaculares do Santo que a sua fama alcançou todo o mundo católico, tornando-se conhecido na tradição cristã como o advogado das causas consideradas perdidas, desesperadas, angustiosas ou muito difíceis de resolver satisfatoriamente.



Poderoso patrono das causas difíceis e desesperadas



Assim, desde o século XIV, S. Judas éinvocado nos casos difíceis e a experiência provou o poder da sua intercessão nas circunstâncias em que, esgotados todos os meios humanos, as causas parecem totalmente perdidas ou desesperadas.

Um escritor eclesiástico assegura que “entre os devotos de S. Judas, poucos há que não tenham recebido provas especiais da sua assistência nas doenças, nos assuntos mais difíceis e mesmo no desespero, nos temores, nos desgostos, nas calúnias, na pobreza, na miséria, e nas ocasiões em que toda a esperança humana parecia perdida”. S. Bernardo de Claraval tinha uma enorme devoção ao santo Apóstolo. Depois de ter conservado e honrado durante toda a sua vida uma relíquia do Santo, ordenou que, quando morresse, lhe pusessem sobre o coração e assim o enterrassem.

Dizia que não queria se separar daquele que tinha sido um poderoso protetor da sua pureza e o seu auxílio em todas as dificuldades.

Como São Bernardo, muitos têm encontrado no patrocínio de São Judas o alívio que há muito procuravam. A capela com a sua imagem na Basílica dos Mártires, em Lisboa, prova bem o agradecimento de inúmeras almas, que, aflitíssimas, a ele recorreram com eficácia. Mas capelas por todo o mundo atestam o mesmo fato. Ele entrou na devoção dos povos católicos e tem marcado a sua presença ao longo dos séculos com poderosos favores.

Como recorrer a S. Judas?

É a oração persistente, humilde, com confiança, que atrai o milagre. E é assim que se deve ir a São Judas: com preces, missas, novenas, visitas as suas capelas ou igrejas onde esteja a sua imagem e, também, muito especialmente, com esmolas.

Será muito útil aos que recorrerem à intercessão do Santo Apóstolo, que dêem em sua honra uma esmola ou façam outra Obra de Misericórdia. Nada nos atrai tanto o auxílio de Deus e a proteção dos Santos como este procedimento. Que graças magníficas e extraordinárias não concedeu Santo Antônio àqueles que lhe prometeu pão para os pobres! O Salvador disse: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. E mais: “Usarão convosco da mesma medida que tiverdes usado para com os outros”. S. Leão assegura-nos que a oração tem maior eficácia diante de Deus, quando as obras de misericórdia a acompanham.

De fato, a esmola, recomendada pela Sagrada Escritura, é uma das obras que mais satisfaz a justiça divina. O Arcanjo S. Rafael dizia a Tobias que a esmola livra da morte, apaga o pecado e obtém-nos a graça do Céu. O Eclesiastes ensinava já esta verdade: “A esmola aniquila o pecado como a água extingue o fogo”. Abri a vossa mão ao pobre, para que o vosso sacrifício fique completo. Um autor eclesiástico escreve: “Se não houvesse pobres, os pecados graves e numerosos não seriam perdoados. Os pobres são os médicos das nossas feridas espirituais. Nunca daremos aos pobres tanto quanto recebemos deles; porque, por um copo de água que lhes dermos, eles oferecem-nos um direito de entrada no Céu”.

Escutemos S. Vicente de Paulo: “Quem poderá medir o amor infinito do Filho de Deus pela pobreza? Ele quis nascer num humilde estábulo, para ser o pai dos pobres e diz em seguida, claramente, que tudo o que lhes fizessem o encararia como feito a Ele mesmo. Convém, pois, amar os pobres com uma caridade especial, vendo Jesus Cristo neles, e estimando-os como Ele os estima”.

Diante de Deus, todos somos mendigos. O que possuímos é uma esmola que recebemos da Sua Mão. Mas é preciso que Deus nos possa reconhecer como tais, para que nos dê sempre mais. “Ele fa-lo-á – diz Santo Agostinho – se vir que somos bons para os pobres”. Exercera a divina perfeição da Sua Misericórdia conosco. Muitos santos e sábios tiveram essa experiência. Um santo sacerdote, pregando numa tarde, aconselhou ao mais infeliz dos seus auditores que fizesse uma obra de misericórdia, com a confiança de que Deus viria em seu auxilio. No dia seguinte de manhã, um senhor rico veio ter com ele e disse-lhe: “Eu era ontem à tarde o mais infeliz dos ouvintes do seu sermão (ao mesmo tempo mostrava-lhe uma corda que tinha arranjado para se enforcar); segui o seu conselho e deitei no prato da coleta uma moeda de ouro. Imediatamente me senti transformado. Agora peço-lhe que me ouça em confissão, para reencontrar a felicidade”.

A Santíssima Virgem, que é tão poderosa, ajudar-nos-á se formos misericordiosos. Coloquemos obras de misericórdia nas suas mãos e Ela nos recompensará com graças especiais. “Quem semeia a misericórdia colherá o milagre".

ORAÇÕES A S.JUDAS TADEU

Oração para se rezar nas situações difíceis
(Pode-se rezar como Novena, sempre acompanhada pela Ladainha)

Glorioso S. Judas, ilustre Apóstolo e mártir de Jesus Cristo, resplandecente de virtudes e de milagres, fiel e pronto advogado dos que vos veneram e têm confiança em vós, vós sois o patrono e o poderoso auxílio nas situações difíceis. Por isso, eu recorro e recomendo-me a vós.
Vinde em meu auxílio, eu vos suplico, com a vossa poderosa intercessão, pois obtivestes de Deus o privilégio de ajudar os que perderam toda a esperança. Dignai-vos baixar os vossos olhos sobre mim; a minha vida é uma vida de cruz, os meus dias, dias de angústia, e o meu coração um mar de amargura. Todos os meus caminhos estão cobertos de espinhos e quase não tenho um lugar de repouso. Não me abandoneis nesta triste situação. Não vos deixarei enquanto não me tiverdes atendido. Apressai-vos a socorrer-me. Ficar-vos-ei reconhecido o resto da minha vida, reverenciar-vos-ei sempre como meu patrono especial e prometo-vos espalhar o vosso culto e a força do vosso nome. Assim seja.

Ladainha do Apóstolo S. Judas Tadeu(Para a recitação privada)

Senhor, tende piedade de nós,
Jesus Cristo, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós,
Jesus Cristo, ouvi-nos,
Jesus Cristo, atendei-nos,
Pai do Céu, que sois Deus, tende piedade de nós,
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós,
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós,
S. Judas Tadeu, amigo de Jesus e de Maria, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que fostes digno de ver Jesus e Maria e de usufruir dos Seus doces colóquios, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que fostes elevado à dignidade de Apóstolo, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que tivestes a honra de ver o vosso Divino Mestre abaixar-se até vos lavar os pés, rogai por nós,

S. Judas Tadeu, que na Última Ceia recebestes a Sagrada Eucaristia das mãos do próprio Jesus, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que depois da dor cruel que vos causou a morte do Vosso Mestre bem-amado tivestes a consolação de O ver ressuscitado e de assistir a Sua gloriosa Ascensão, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que fostes cheio do Espírito Santo no dia de Pentecostes, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que convertestes a Fé povos inumeráveis, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que operastes prodígios espantosos por virtude do Espirito Santo, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que anunciastes a Boa Nova da salvação aos pobres, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que destes a vida de Deus batizando os que se abriam à Fé, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que alimentastes os primeiros cristãos com o Corpo e Sangue de Cristo, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que desprezando as ameaças dos ímpios, pregastes sem medo os dogmas da Fé, rogai por nós,
S. Judas Tadeu, que tivestes a felicidade de morrer sob os golpes dos inimigos, para glória do vosso Divino Mestre, rogai por nós.
Nós vos invocamos com confiança:
Que por vossa intercessão a Igreja cresça em zelo ardente na Fé de Jesus Cristo, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que os povos conservem a paz, fruto da Obediência a Deus, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que os homens conheçam Jesus Cristo, o Caminho, a Verdade e a Vida, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que a Fé, a Esperança e a Caridade aumentem nos nossos corações, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que sejamos libertados dos maus pensamentos, das emboscadas do demônio, e das situações aflitivas, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Dignai-vos cobrir com a vossa proteção todos os que vos honram, livrando-os dos males do mundo e do Inferno, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Dignai-vos preservar-nos do pecado e da ocasião do pecado, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que possamos expiar, antes da morte, todos os pecados, pela virtude dos divinos Sacramentos, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Dignai-vos defender-nos na hora fatal contra a raiva dos demônios, e agora dos nossos inimigos, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que possamos obter da Divina Justiça uma sentença favorável, atendei-nos, nós vos suplicamos,
Que possamos entrar finalmente na mansão dos vivos e gozar das delícias eternas no Céu, atendei-nos, nós vos suplicamos.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor,
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor,
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.
S. Judas Tadeu, rogai por nós,
E por todos os vossos devotos.

Oremos:

Glorioso Apóstolo e Mártir de Jesus, S. Judas Tadeu, que difundistes a Fé no seio das mais bárbaras e mais longínquas nações, e que gerastes inúmeros povos para Jesus Cristo pela virtude da vossa palavra santa, fazei, eu vos suplico, que renuncie desde este dia ao hábito do pecado, que seja preservado dos maus pensamentos, que obtenha sempre o vosso auxílio nas situações desesperadas, e que chegue, por fim, a essa Pátria Celeste onde é adorada a Santíssima Trindade, um Único Deus em Três Pessoas, Pai, Filho e Espirito Santo. Amen.

OUTRAS ORAÇÕES A S. JUDAS TADEUPrece

(Que pode ser rezada como Novena com a Ladainha)

S. Judas Tadeu, glorioso Apóstolo, fiel servidor e amigo de Jesus, muitos cristãos vos invocam como o patrono especial das causas desesperadas: rogai por mim. Rogai por mim para que eu receba a consolação e o auxílio do Céu nas minhas tribulações e angústias, em particular (...) e para que, por fim, bendiga o nosso Deus, por toda a Eternidade, convosco e com todos os eleitos. Assim seja.

Louvor e Agradecimento

Ó dulcíssimo Senhor Jesus, em união com o louvor celeste, inefável, com o qual a Santíssima Trindade se louva a si mesma e que se repercute sobre a vossa Humanidade bendita, sobre Maria, os Anjos e os Santos, eu Vos louvo, Vos exalto e Vos bendigo por todos os favores e por todos os privilégios que concedestes a S. Judas Tadeu, escolhendo-o para vosso Apóstolo. Pelos seus méritos, peço-Vos que me concedais a Vossa graça e que, por sua intercessão, me fortifiqueis e me defendais da ação dos meus inimigos e na hora da morte. Assim seja. (3 Pai Nosso, 3 Ave Maria, 3 Glória ao Pai).

Oração diária a S. Judas Tadeu

O S. Judas Tadeu, recordo-vos a felicidade que sentistes quando o bom Mestre vos ensinou, a vós e aos outros Apóstolos, a oração do Pai Nosso. Por essa alegria, peço-vos que me obtenhais a graça de ser, até o fim, um fiel discípulo do Salvador. (Pai Nosso)

Oração em honra de S. Judas Tadeu, Apóstolo

Senhor Jesus, Tu escolheste S. Judas entre os teus Apóstolos e fizeste dele, para o nosso tempo, o Apóstolo das causas desesperadas. Agradeço-Te por todos os benefícios que me concedeste por sua intercessão e peço-Te que me concedas a Tua graça nesta vida para que possa participar um dia, na Tua glória, na alegria eterna. Amém.

Sancionada a nova Lei de Ensino Religioso no RJ


Um ensino confessional e plural. A partir do próximo ano letivo, as escolas com turno único da rede Municipal do Rio de Janeiro vão começar a oferecer aulas religiosas. O prefeito Eduardo Paes sancionou a lei do Ensino Religioso, na última quarta feira, 19, no Palácio da Cidade. O projeto prevê também a criação do cargo funcional de Professor de Ensino Religioso.
A cerimônia contou com a presença da Subsecretária de Ensino, Helena Bomeny, do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, além de outros representantes religiosos, em um clima de confraternização.
Eduardo Paes defendeu a importância da cultura religiosa como conceito básico a ser aprendido na escola. Para ele, os valores de fraternidade e amor ao próximo, presentes nas religiões, são muito importantes para a formação do indivíduo:
“Essa sanção tem função e objeto específicos. Todas as religiões têm em comum o conceito de proteção às famílias e aos valores. Nenhuma religião prega a violência e a luta dos povos. Não estamos impondo a nenhuma criança e a nenhum jovem que tenha fé, que siga credo nenhum. Ao contrário, a gente quer que aquele que tenha seu credo, sua crença, que ele possa aprender os valores e os conceitos mais básicos”, disse o prefeito.
O ensino Religioso terá matricula facultativa e estará disponível na grade escolar do 1° ao 9° ano do Ensino Fundamental. A disciplina também poderá ser substituída pelo Ensino de Valores. Para que a lei fosse implementada foi realizada uma pesquisa amostral, onde cerca de seis mil pais foram consultados para identificar o perfil religioso dos alunos das escolas municipais. A subsecretária de Educação, Helena Bomeny, explicou que até fevereiro já haverá um panorama da demanda de cada credo.
“Na pesquisa do início do ano percebemos que 42% dos entrevistados seguiam a religião católica, 32% optaram pelo ensino de valores, 23% eram de religiões evangélicas e o restante dos demais credos. Agora, em novembro, faremos uma pesquisa em todo o universo da rede e em fevereiro já teremos todos os dados para saber a demanda específica para cada religião, esclareceu.
Um dos defensores do projeto de Lei, o vereador Reimont Luiz Otoni acredita que o Estado é laico, não ateu. Para ele, o ensino religioso vem agregar os pensamentos das diversas religiões no ambiente escolar, o que contribui para o diálogo e para o progresso na educação dos alunos.
“Vivemos um tempo onde os valores estão muito distantes, há uma desvalorização do que é simbólico na vida. E o ensino religioso vem fazer essa integração. Eu entendo que o ensino religioso é um elemento de costura, que vai traçar a dimensão religiosa no cotidiano da escola”, afirmou.
Dom Orani Tempesta parabenizou as autoridades empenhadas na aprovação da lei e defendeu que através do ensino religioso é possível formar valores do transcendente e do respeito às outras religiões. “Vejo o ensino religioso com muita esperança e alegria. Respeita-se, assim, a opinião e a nação brasileira na sua diversidade. Esse é o modelo de cidade que sonhamos. A escola não deve servir apenas para informação, mas também para formação”, opinou o arcebispo.
Sanção agrada líderes religiosos
Além da religião católica, os colégios da Rede Municipal também vão oferecer aulas sobre as doutrinas evangélica/protestante, afro-brasileira, espírita, orientais, judaica e islâmica. O presidente da Federação Muçulmana do Rio de Janeiro, Sheik Ahamad, também apoiou a criação do ensino religioso, o que para ele é fundamental para quebrar paradigmas relacionados às religiões.
“Desde o inicio, a Federação Muçulmana apoiou esse processo. Acho que acima da tolerância religiosa deve haver um respeito religioso. E trazer esses ideais de respeito, de pluralidade, para o ambiente escolar é sempre muito importante”, partilhou.
O reverendo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Daniel Rangel, acredita que a lei do Ensino Religioso é o primeiro passo para a Igreja trabalhar junto da sociedade no incentivo à cultura e educação:
Durante muito tempo reivindicamos o ensino religioso nas escolas. Essa conquista vai transformar a educação brasileira em uma religião plural, não só no sentido do conhecimento, como no sentido religioso, e vai permitir que Igreja e sociedade trabalhem juntas”, opinou.
O vice-presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro acredita na importância das religiões se expressarem. “Essa lei representa o respeito religioso. Em um estado onde existe democracia é essencial que todas as religiões tenham voz”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Educação fará um concurso para a contratação de professores para a disciplina de ensino religioso. Os profissionais deverão ser formados basicamente em História, Geografia, Filosofia/Sociologia e deverão apresentar documento de indicação feito pelos representantes da religião que seguem, como uma confirmação de vivência do credo, para que possam lecionar.

Fonte : CNBB

Família tem 5 filhas - Irmãs de sangue e RELIGIOSAS ! Oh Benção !


ROMA, 27 Out. 11 / 02:59 pm (ACI/EWTN Noticias)

Imaculada Sánchez e Alejandro Ripoll têm cinco filhas que abraçaram a vida consagrada como religiosas do novo instituto de vida contemplativa Iesu Communio. Estes pais espanhóis asseguram que receberam a consagração de suas filhas como uma verdadeira bênção.

Em uma entrevista concedida ao grupo ACI, o casal expressou sua felicidade por ter cinco filhas religiosas.

"É como quando um filho se casa. Você quer tê-los ao seu redor, perto, mas cada um tem que levar seu estudo, igual quando um filho se casa e você não pode intervir em sua história, no caso, é em um convento, mas tem um segredo especial. E o segredo é que com cada uma e com cada consagração Deus derrama uns dons impressionantes à família, e portanto é uma bênção", afirmou Alejandro.

Irmã Jordán, Irmã Amada de Jesus, Irmã Francesca, Irmã Ruth, e Irmã Nazaret, têm entre 20 e 28 anos de idade e são as cinco irmãs de sangue que compartilham sua vida dentro da Iesu Communio, a nova comunidade de clausura que surgiu das clarissas de Lerma na Espanha e que surpreendeu o mundo com uma explosão de vocações.

"Mas os primeiros surpresos somos nós e a própria Igreja. Que em uma família haja cinco vocações a um convento de clausura acredito que desde Teresa de Lisieux isso não aconteceu", considerou Imaculada.

De um total de sete irmãos, as cinco jovens decidiram ingressar no mesmo instituto religioso, onde três já são consagradas e as outras duas são noviças.

Cada história de vocação foi algo pessoal e único, cada uma "teve uma história de muitos anos nos que se deram encontros com o Santo Padre desde João Paulo II. Cada uma foi um processo distinto, porque entre elas são muito diferentes", explicou o pai ao grupo ACI.

Imaculada e Alejandro visitaram Roma para participar do encontro "Novos evangelizadores para a nova evangelização" que celebraram no Vaticano no dia 15 de outubro com a presença do Papa Bento XVI e da Irmã Verônica, a fundadora e Superiora Geral da Iesu Communio.

"O que fazemos nós com o Santo Padre em uma reunião no centro do coração da Igreja? Quem somos nós? Isto é um presente de Deus, uma graça a mais deste instituto", afirmou Alejandro.

A vocação de nossas filhas só pode ter uma explicação divina, "a própria Igreja está surpresa e esperando", mas nisto "os primeiros assombrados somos nós. Explicação humana não tem", acrescentou Imaculada.

Atenção Brasil - Ouça rádios católicas via internet

Se você gosta de ouvir música católica pelo rádio ou fica mais na internet aproveite e ouça rádios  do Brasil Inteiro !
Procure no Google :

Rádio Catedral FM 106,7 / Rio de Janeiro / RJ
Anunciação FM 104,9 MH - Santa Bárbara D'Oeste / SP
PJ MARINGÁ - Maringá / PR
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Rádio Aparecida AM 820 - Aparecida / SP
Rádio Aparecida FM 90,9 - Aparecida / SP
Rádio Boa Nova  AM 1410 - Pacajus / CE
Rádio Bom Jesus AM 660 KHZ - Bom Jesus da Lapa / BA
Rádio Canção Nova AM / Cachoeira Paulista / SP
Rádio Canção Nova FM / Cachoeira Paulista / SP
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Rádio Cultura AM 670 Sergipe / Aracaju / SE
Rádio Cultura de Aracaju / Aracaju / SE
Rádio Difusora AM 1480 KHZ / Joinvile / SC
Rádio Dom Bosco FM 96,1 MHZ / Fortaleza / CE
Rádio Evangelizar AM 1060 - Curitiba / PR
Rádio Fonte de Água Viva / Carapicuiba / SP
Rádio Fraternidade FM Taquari / Taquari / RS
Rádio Gem´s FM 103,5 MHZ / Reriutaba / CE
Rádio Gospa Mira FM 107,5 MHZ /- Belo Horizonte / MG
Rádio Mãe de Deus AM 1370 KHZ - Caxias do Sul / RS
Rádio Mãe de Deus FM 107,9 MHZ / Caxias do Sul / RS
Rádio Maria do Brasil / Paranoá / DF
Rádio Play 91,3 FM / Maringá/ PR
Rádio Shalom 690 AM - Fortaleza / CE

Lembrem-se : Quem canta, reza duas vezes !
Se esqueci de algumas por favor me avise !

Lançamento - Albúm Litúrgico e Jogo Catequético 2012


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

25 de Outubro - Dia de Frei Galvão - Antônio de Sant Ana Galvão - Intercedei pelos Casais !


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Hoje, 25 de outubro, a Igreja do Brasil está em festa pelo seu primeiro santo do País: Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão. Nascido em Guaratinguetá, em 1739, foi um frade católico.

Biografia
Antônio viveu com seus pais e irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais — Antônio Galvão de França, capitão-mor da vila, e Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas" — gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José.

Lá, Antônio fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e, aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Em 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. Foi então mandado para o Convento de São Francisco, em São Paulo, a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de março de 1766. Terminados os estudos, foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento — cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Em 1769-70 foi designado confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo.

Os Dons de Frei Galvão
Frei Galvão recebeu de Deus dons, que sempre colocou a serviço dos irmãos. Bilocação (estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), telepatia (transmissão ou comunicação de pensamento e sensações, a distância entre duas ou mais pessoas), premonição (sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer), clarividência (vê o que está para acontecer), levitação (erguer-se acima do solo) e telepercepção (adquirir conhecimento de fatos ocorridos a grandes distâncias) estão em relatos de muitos casos comprovados por documentos.

As Pílulas do Frei Galvão
Foram dois casos de risco de vida que deram origem às Pílulas de Frei Galvão. Um foi o de uma parturiente e outro foi o de um rapaz, com cálculos nos rins. Em ambos, por não poder acudir pessoalmente aos necessitados, Frei Galvão escreveu em latim uma jaculatória, em um pequeno pedaço de papel, que enrolou e recortou em forma de pílulas, pedindo que as dessem aos doentes. O rapaz, a parturiente e sua criança se salvaram — daí parte a extraordinária fama das pílulas, e a notável fé que os devotos nelas depositam.

“Pos partum, Virgo, Inviolata permanansisti! Dei Genitrix, intercede pro nobis” (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste Intacta! Mãe de Deus rogai por nós) — é o texto da jaculatória escrita por Frei Galvão no papel.

Em razão desses fatos terem envolvido inicialmente uma parturiente, e referindo-se a jaculatória ao parto da Virgem, Frei Galvão passou a ser popularmente considerado “patrono das parturientes”.

Beatificação

Em 25 de outubro de 1998 Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, dele recebendo os títulos de “Homem da Paz e da Caridade” e de “Patrono da Construção Civil no Brasil”. De seu processo de beatificação constam 27.800 graças documentadas, além de outras consideradas milagres.

O fato ocorrido em 1990, em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonares e crises convulsivas foi uma comprovação de milagre que levou ao processo de beatificação de Frei Galvão.

Daniela foi internada na UTI do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, com diagnóstico de encefalopatia hepática por consequência da hepatite causada pelo vírus A, insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação por causa de metocloropramida e hipertensão. Os sintomas acima a levaram a uma parada cardio-respiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, e mais duas infecções hospitalares. Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mosteiro da Luz rezaram e deram à menina as pílulas de Frei Galvão. Em 13 de junho de 1990, a menina Daniela deixou a UTI e em 21 de junho teve alta do hospital, tendo sido considerada curada. O pediatra que a acompanhou atestou perante o Tribunal Eclesiástico: "atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela".

Canonização

A comprovação oficial e o anúncio da canonização de Frei Galvão foram feitos em 16 de dezembro de 2006. Mas foi em 11 de maio de 2007, durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil, que Antônio de Sant´Ana Galvão foi proclamado Santo.

O que ocorreu na vida de Sandra Grossi de Almeida e de seu filho Enzo de Almeida Gallafassi, da cidade de São Paulo (SP) foi considerado êxito favorável atribuído ao até então Beato Frei Galvão, sendo de importância comprovada para a sua canonização.

Sandra já havia sofrido três abortos espontâneos, devido à má formação de seu útero, que tornara impossível levar a termo qualquer gravidez. Em maio de 1999, Sandra ficou novamente grávida e sabia que a qualquer momento poderia ter uma hemorragia e morrer. Apesar do prognóstico médico ser de provável interrupção da gravidez ou de que esta chegasse, no máximo, ao quinto mês, a gestação evoluiu normalmente até a trigésima segunda semana. Por ser caso de alto risco, foi decidido parto por cesariana em 11/12/1999. Embora os exames tenham comprovado problemas, o parto não teve nenhuma complicação. A criança nasceu pesando 1.995 gr. e medindo 0,42 cm, mas apresentou problemas respiratórios gravíssimos. Foi "entubada", porém teve uma evolução positiva muito rápida, já no dia seguinte deixou de necessitar do equipamento. Recebeu alta hospitalar em 19/12/1999.

A intercessão do Beato Frei Antônio de Sant'Anna Galvão foi, desde o início e durante toda a gravidez, pedida pela família. Sandra, além das novenas contínuas que fez, tomou também as "Pílulas de Frei Galvão" com fé e com a certeza de sua ajuda .

Realizado o processo diocesano, os Peritos Médicos da Congregação das Causas dos Santos aprovaram, por unanimidade, o fato como "cientificamente inexplicável no seu conjunto, segundo os atuais conhecimentos científicos".




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Fonte : Arquidiocese de São Sebastião do RJ

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SOS ÁFRICA - URGENTE


Lançada em agosto deste ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sob coordenação da Cáritas Brasileira, a Campanha SOS África mobilizou milhares de brasileiros e brasileiras que prestaram solidariedade aos povos da África por meio de doações financeiras. Ao todo foi arrecadado e enviado, até o momento, 1 milhão e 300 mil reais.
O objetivo da campanha emergencial é arrecadar fundos que estão sendo destinados para a compra, principalmente, de alimentos e água potável para milhões de africanos que ainda sofrem com a pior seca já registrada nos últimos 60 anos. A catástrofe ambiental atinge o Chifre da África (região Nordeste do continente que compreende países como Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia), atinge 13 milhões de pessoas e já matou cerca de 30 mil crianças de fome.
Para ajudar a quebrar o ciclo da seca e da pobreza que atinge toda a região, membros da Cáritas Internationalis (CI) estão ajudando mais de um milhão de pessoas na África Oriental durante esta crise alimentar. Por meio do projeto de Togo Wuchale Pond, diversas ações estão sendo realizadas.
Dentre elas, membros da CI ajudam a cavar um lago de 75 mil metros cúbicos de água que irá fornecer água durante um ano inteiro para uma das vilas afetadas. Além disso, também como parte do projeto, uma equipe treina comunidades inteiras a cultivar árvores frutíferas e mudas, por meio de uma formação adequada para os beneficiários na utilização de pequenas áreas exclusivamente desenhadas para atrair água. O sistema, conhecido como micro bacias, permite que o manejo das mudas plantadas possa absorver mais água e prevenir a erosão do solo.
O projeto ainda mantém sessões de formação na reabilitação de florestas e do meio ambiente, a fim de educar os moradores sobre a importância e a necessidade de conservar o crescimento de plantas ao redor dos poços de água existentes.
De acordo com a diretora executiva nacional da Cáritas Brasileira, Maria Cristina dos Anjos, em conjunto com a Cáritas Somália e a Catholique Release Services (CRS), está em fase de definição um plano de trabalho apoiado pela Igreja do Brasil que será desenvolvido na Somália. “Segundo eles a garantia de água potável para as famílias e o enfrentamento da desnutrição são as prioridades para este momento”, comentou Maria Cristina.
“Estamos felizes com os primeiros resultados da campanha que possibilita o primeiro envio de recursos para a Somália. A sociedade brasileira, de modo especial comunidade católica, tem respondido muito bem aos apelos de solidariedade lançados pela CNBB, integrando assim a essa grande Rede de Solidariedade. Só temos que agradecer a estes gestos concretos de solidariedade e anima aqueles e aquelas que ainda não doaram a fazê-lo. A África Oriental, principalmente a Somália, precisa do nosso apoio”, destacou a diretora.
As doações, em qualquer valor, ainda podem ser realizadas nas seguintes contas:
Banco do Brasil: AG. 3475-4, C/C 26.116-5
Caixa Econômica Federal: AG. 1041, OP. 003, C/C 1751-6
Banco Bradesco: AG. 0606-8, C/C 187587-6
*para DOC e TED o CNPJ é: 33.654.419/0001-16
Ajuda Humanitária
A Caritas Internationalis (CI), por meio da distribuição de alimentos às famílias, água potável e ações de formação que favorecerão a sobrevivencia das populações atingidas pela seca no futuro, desenvolve e implementa programas na África Oriental no valor superior a 30 bilhões de dólares.
"Os membros da Caritas de todo o mundo se moveram rapidamente para ajudar a evitar o sofrimento na África Oriental. Vamos continuar a prestar assistência aos mais famintos e vulneráveis. A seca causou a crise atual, porém, são tantos desastres naturais e artificiais que há a necessidade de resolver o problema do subdesenvolvimento, ajudando as comunidades a se adaptarem às mudanças climáticas na região. Devemos procurar por fim ao conflito na Somália”, afirmou Alistair Dutton, Chefe do Serviço de Ajuda Humanitária da Cáritas Internationalis.

Na Etiópia, a Cáritas já distribuiu alimentos para cerca de 500 mil pessoas e fornece água potável para 250 mil. No Quênia e na Etiópia, as organizações diocesanas gerenciam centros de alimentação para crianças desnutridas e para ajudar populações que fogem da Somália, os membros da Cáritas trabalham nos campos de refugiados na construção de instalações de saneamento como chuveiros e banheiros.
Para os agricultores que perderam suas colheitas e criações de gado, a Cáritas distribui sementes resistentes a seca e mais de 10 mil animais já foram destinados aos camponeses mais necessitados. Além disso, programas que já estão em andamento irão reforçar sistemas de água e formar os agricultores em técnicas de conservação, de modo que as comunidades africanas possam resistir melhor a condições climáticas extremas.

Fonte : CNBB

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ser CHIQUE !


SER CHIQUE SEMPRE - GLÓRIA KALIL

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos
dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo
carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é ser discreto.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuaçõe inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", "o telefone", quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão,
intolerância, ateísmo...falsidade.
Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo,
vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não
aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!

GLÓRIA KALLIL

Projeto Kekako - Ajudem me nessa Travessia ?



Meus irmãos (ãs) em Cristo,

Quem conhece, ou tem material sobre o Projeto Kekako, por favor enviem por e-mail, pois estou servindo a 3a.idade, cegos, surdos, cadeirantes enfim realmente pessoas especialíssimas pois estão buscando o Cristo já quase ao fim da vida, ou melhor começará uma nova fase para eles.

Abraço Fraterno,

Márcia Nunes

O que é kekako? | MAIO

Kekako é uma sigla formada pelo início de três palavras gregas: Kerigma, Karisma e Koinonia. Desde o início do cristianismo estas palavras são o fundamento para todo trabalho de evangelização . É como um fogo alimentado por três chamas.

Kerigma é o primeiro anúncio de Jesus, o coração e a base da evangelização de todos os tempos: Jesus morto, ressuscitado e glorificado como Salvador, Senhor e Messias.

Karisma são os sinais da fidelidade do Senhor, que nos faz experimentar que Jesus está vivo entre nós e nos permite evangelizar com poder. São os dons espirituais dados à Igreja e a cada um de nós, ou seja, manifestações do Espírito Santo.

Koinonia são as comunidades evangelizadas e evangelizadoras, que mostram que o Reino está no meio de nós.É o fruto da evangelização e o ambiente onde se vive o Reino de Deus.

Evangelizar é a primeira missão da Igreja. É o mandato de Jesus, quando em Mc 16,15 disse: " Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Portanto é missão de todos nós, batizados.

É evangelizar com grande poder anunciando Jesus Salvador e Senhor, proclamando o Kerigma com a força do Espírito Santo e o uso dos Karismas para construir o Corpo de Cristo na Koinonia.
Kekako é um projeto da Escola de Evangelização Santo André da Escola Latino-Americana, sediada em Guadalajara, no México, que teve como coordenador durante muitos anos o pregador e autor de inúmeros livros e cursos Prado Flores.

Aqui no Brasil, a Escola Nacional de Evangelização, sediada em Brasília, seguia também as diretrizes da Escola Latino Americana. Quando a Escola Nacional terminou, o Rio de Janeiro e outros estados se uniram e fizeram um retorno às origens. Foram buscar na fonte que alimentava a Evangelização 2000, subsídios para tornar mais forte e eficaz o trabalho de evangelização do povo de Deus.

Hoje, nos alimentamos direto do KEKAKO, e agora de maneira especial, porque o KEKAKO foi montado no Rio de Janeiro.
O Papa faz insistentes pedidos para uma Nova Evangelização. Como, se o Evangelho não pode mudar ?

Não se trata de mudar o Evangelho , mas os métodos de evangelização, para um mundo que a cada dia muda e se comunica cada vez mais rápido e a igreja não pode ficar estacionada.

" Não fracassamos pela Mensagem que anunciamos, mas pela forma que a transmitimos".

Certamente buscamos um método sensível, todavia eficaz para evangelizar, nossa metodologia responde a três aspectos:

Princípio teológico
Eu plantei, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento. (Paulo de Tarso)

Principio pedagógico
Nada existe no entendimento que não tenha passado pelos sentidos ( Aristóteles)

Chamado do Papa João Paulo II
Para o homem contemporâneo já não é suficiente ouvir falar de cristo, é preciso querer ver ( 19 / 11 / 2001)

Como fazer? Estratégias:
A palavra de Deus é a fonte e força das Escolas de Evangelização.

Formar novos evangelizadores para a nova evangelização do terceiro milênio é o nosso objetivo principal.

Como?

São Paulo já nos deu a resposta : " Tu, portanto, meu filho, procura progredir na graça de Jesus Cristo. O que de mim ouviste na presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a outros". 2Tm 2,1-2
Assim, KEKAKO e a Escola de Evangelização Santo André, com mais de 1500 Escolas de Evangelização, em 60 países, partilham visão, metodologia e programa.

O Programa de Formação: PEPSI
Permanente
Progressivo
Sistemático
Integral

São três etapas :

1a. etapa: Fundamentos da vida cristã
Cursos: 1 Nova Vida: Evangelização fundamental
2 Emaús : A palavra de Deus
3 João: Formação de Discípulos
4 Jesus nos quatro Evangelhos
5 História da Salvação
6 Moisés: Formação de líderes
7 Corinto : Comunidade

2a. etapa: Como evangelizar
Cursos:8- Paulo : Formação de evangelizadores
9- Daniel: Oração do evangelizador
10- Apolo: Formação de pregadores
11- Segredo de Paulo
12 Pentecostes: Evangelizando com poder
13 Introdução à Bíblia
14 Corinto: Comunidade

3a. etapa: Como formar evangelizadores
Cursos: 15 Maria: carta de Cristo
16 Teologia Bíblica
17 Timóteo: Como ler, sublinhar e memorizar a Bíblia
18 Pedro: Eclesiologia
19 Melquisedec: Liturgia
20 Neemias: Doutrina Social da Igreja
21 Jetro: Ecumenismo

Para evangelizar o mundo precisamos: formar escolas paroquiais que formem evangelizadores para, então evangelizar com fidelidade e autoridade.

Um dia teremos em cada paróquia um Centro de Formação Integral.

Toda essa riqueza estará à sua disposição aqui na Escola de Evangelização do Loreto. Aproveite! O primeiro curso : Nova Vida foi dado no dia 20 e 21 de abril. Outros virão !

Por que Escola de Evangelização Santo André? Porque foi André que levou Pedro a Jesus.

"Como o apóstolo André, levamos " Pedros" ao Senhor Jesus, que sirvam, anunciem e amem ao senhor Jesus mais e melhor que nós mesmos".
Jo 1, 41-42

18 de Outubro - Dia de São Lucas ! Rogai por nós !


Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos. No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz". É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".
São Lucas, rogai por nós!

             Evangelho de São Lucas !

Quem é Lc ? – Colossenses 4-14 (colaborador de Paulo), Filemôn 23-24 (companheiro de Paulo), 2Timóteo 4-11 (médico) – Lc era médico grego e não judaico. Lc também é autor de Atos onde também se inclui na narrativa AT 16,10-17,
At 20,5-15 – At 21,1-18
Destinatários :  A todos porém se preocupa c/os pequeninos Jesus c/diálogo com os samaritanos, pecadores, mulheres e Destina-se a uma pessoa “Teófilo”= amigo de Deus
Lc 5,19 telhas,Mc 2-4 buraco (onde usa o termo Rabi ou Rabone (aramaico)
Lc usa o termo Guios = Senhor (grego)
Lc 23,33 – Kraniôn (grego) , Mc 15,22 – Golgota (aramaico)
Lc tem o cuidado de não escandalizar os pagãos – Lc 3-14 narração favorável aos gentis. Mc 15,34
Estutura : Prólogo – Pistas do Evangelista
Introdução : Narra a infância, subida de Jesus p/Jerusalém (Anúncio Pascal).
Lc se refere que Jesus está indo p/Jerusalém 5 vezes: Lc 13-22 (18-31)
Lc 19,41 – Lc 1,5-23, Lc 24,52-53
Evangelho – grande profeta Elias, aproxima a Jesus Lc 1,16-17 , Lc 1,46-55
Lucas aproxima a missão de Jesus, de Elias Lc 4,24-27
Evangelho do Espírito Santo e da Oração: Lc 1,15 – Lc 1,41, Lc 4,1, Lc 10,21, Lc 24, 49.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Planejamento Catequista Dia a Dia 2012 - Ed.Vozes

2012 - O Ano da FÉ - 11/12/2012 a 24/11/2013



O Vaticano divulgou a Carta Apostólica- intitulada Porta Fidei- na qual o Papa Bento XVI proclama o Ano da Fé. O documento, assinado pelo Pontífice em 11 de outubro, só foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 17.
O Ano da Fé começa em 11 de outubro de 2012, dia do 50° aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, e termina em 24 de novembro de 2013, na Solenidade de Cristo Rei do Universo. Durante uma missa presidida no último domingo, 16, na Basílica Vaticana, Bento XVI afirmou que o Ano da Fé, “será um momento de graça e empenho” para uma conversão mais plena a Deus, além de uma oportunidade para reforçar a fé n’Ele.
Bento XVI salientou ainda que atravessar a porta da fé é embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira: com início no Batisto e conclusão com a passagem, através da morte, para a vida eterna.

Fonte : Canção Nova e site do Vaticano

CARTA APOSTÓLICA
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO

PORTA FIDEI

DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI

COM A QUAL SE PROCLAMA O ANO DA FÉ


1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.
2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»[1]. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado.[2] Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.
3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.
4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II,[3] com o objectivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese[4] e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um ano semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca».[5] Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar».[6] As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus,[7] para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.
5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar»[8], bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa».[9] Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».[10]
6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen gentium, afirma: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz».[11]
Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).
7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando».[12] O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus.[13] Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda que tantas pessoas à procura de Deus encontrem o justo percurso para chegar à «porta da fé».
Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.
8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.
9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força».[14] Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada[15] e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.
Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele».[16]
10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.
A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.
Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.
A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «“Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. “Eu creio”: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: “Eu creio”, “Nós cremos”».[17]
Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor.[18]
Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre».[19] Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para caminhar ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele mesmo não tivesse já vindo ao nosso encontro.[20] É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.
11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial».[21]
É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.
Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.
12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.
De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, hoje de uma forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade.[22]
13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.
Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.
Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).
Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.
Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act 2, 42-47).
Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).
Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.
Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.
14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”» (Tg 2, 14-18).
A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).
15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.
Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.
À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.

BENEDICTUS PP. XVI